27 de setembro de 2009

B.U.I.

Deixa pra lá.

Não vou falar de como me dei conta de que o ano de 2009 tá sendo péssimo. Culpa dos astros na casa 7 (ou casa 5 segundo a @hvezda).

Passei o dia mal, depois de ligações não atendidas e msn ignorado. Tava sem saber o que fazer, amiga inha sugeriu Little Darling e na hora eu lembrei do V8, solução dos meus problemas, 8 destilados juntos em um único drink.


Vai, Toni!


O negócio é, tipo, o Capitão Planeta dos drinks. Pena que a receita é secreta.



Chega na mesa assim. Traz mais um?

Só sei que não leva whisky, e muito menos Lebusky. [/piada interna]

Mais um clone do subxicano do Exquisito (que aliás é um bar muito bacana, recomendo muito, peça sua sobremesa com sorvete de canela):

O original (é com Sol - não a nacional, é aquela boa)





O clone
(Não conta pra ninguém que é com Antarctica senão vão achar que o bar é ruim)

A verdade é que o Little Darling salvou minha vida essa noite.

Acho que eu estava só precisando de um porre. Porque sei lá, um bar que toca no intervalo a mesma música que a banda acabou de tocar não pode ser tão legal assim. Mas sei lá.

E tocou Corazón Espinado, e algumas dos Titãs também.

Eu esperava mais.

Mas resolveu.

Ou não.

Bloguei pensando em Helter Skelter - The Beatles:

23 de setembro de 2009

Do número 23

O número 23, aliás os dias 23, pra ser mais específico, têm um significado todo especial aqui em casa. Geralmente, de mau agouro. Mais para a minha mãe do que para mim, mas enfim.

As duas melhores amigas da minha mãe fazem aniversário num dia 23. Uma em junho (aliás fazia, já morreu, câncer), a outra em setembro (aliás, hoje).

Minha mãe e meu pai se casaram em um dia 23 (fevereiro, 1980).

Meu pai morreu em um dia 23 (maio, 2000).

O dia 23 fica aparecendo nas coisas mais aleatórias. Parece um filme do Jim Carrey (aquele ruim). Tipo no carro da minha mãe, cuja placa era DIA 2354.

A última é: 23 de setembro de 2009, minha pastora alemã morreu.

Já há algum tempo ela não vivia comigo. Quando meu pai morreu e minha mãe quis mudar para um apartamento, tivemos que encontrar um lugar para ela. Os últimos 5 anos ela passou na casa de uma tia minha, em Piracicaba, que mora nesta vila que vocês podem ver na foto - minha última com ela.


Ela já estava doente há um tempo, coisa de cachorro de 13 anos de idade. Foi melhor pra ela, acho.

Postei ouvindo Candy.

Por que não?

Como vocês devem saber, ontem foi o Dia Mundial Sem Carro. Eu ouço falar deste dia há muito tempo, mas nunca tinha participado. Não porque eu tenha algum problema com o transporte público; o negócio é que o carro realmente tornava a minha vida muito mais fácil (o que é meio óbvio), especialmente porque com ele eu tenho um pouco mais de controle sobre o meu tempo de deslocamento.

Não que, morando em São Paulo, eu tenha total controle sobre isso. Mas pelo menos eu controlo a hora em que eu saio do trabalho e o caminho que eu faço, posso até pegar uma rota alternativa se estiver trânsito. E isso é importante, porque eu raramente consigo sair do trabalho às seis em ponto e preciso chegar na faculdade às sete.

Mas nesse semestre as coisas estão mais tranquilas. Não preciso ir para a aula todos os dias, porque é atendimento pro TCC, então meus deslocamentos são basicamente casa-trabalho-casa. Se eu preciso ir pra faculdade, não tenho que me preocupar em chegar cedo para não levar falta. Ontem eu teria reunião de grupo por lá, avisei que possivelmente chegaria um pouco mais tarde e pronto.

Devo dizer que fazia um bom tempo que eu não pegava um ônibus. A última vez foi em 11 de junho, no Rio de Janeiro, mas em São Paulo mesmo eu não me lembro. Metrô sim, de vez em quando pego pra ir pro Centro, 25 de Março, que é mais fácil ir de metrô que de carro. Mas ônibus mesmo, fazia tempo. Então pensei: por que não?

Naturalmente eu não sabia que ônibus pegar. Entrei no site da SPTrans e busquei um pra ir ao trabalho, e descobri que o Rio Pequeno passa a dois quarteirões da minha casa e me deixa a dois quarteirões do trabalho. Perfeito.

O caminho que ele faz é meio longo, dá uma boa volta: Vila Olímpia, Itaim, Faria Lima, Largo de Pinheiros... Fiquei preocupado com o tempo que levaria, mas foi menos do que eu esperava. Levei exatamente uma hora, enquanto de carro levo cerca de 25 minutos. Mas ainda cheguei no trabalho mais cedo do que costumo chegar quando vou de carro (porque sempre saio de casa atrasado). A viagem foi tranquila. Quando entrei o ônibus estava cheio e fiquei de pé, mas aos poucos foi esvaziando e pude me sentar. Quando começou a encher de novo, cheguei no meu ponto. Aproveitei pra ir escutando as aulas de História do Jazz que baixei da iTunes U.

Ao meio-dia apareceu o primeiro problema. Perto de onde trabalho não há muitas boas opções de almoço, então normalmente eu vou até o Shopping Eldorado. Mas sem carro não rola. Ninguém disponível pra dar carona, tive que almoçar por ali mesmo.

Na hora de ir embora, tentei sair às 18h mas claro que saí quase 18h30. Tinha olhado os ônibus possíveis, mas chegando ao ponto passou um com nome parecido, mas número diferente. Não sou tonto, olhei bem na plaquinha do itinerário e parecia uma opção viável. Então subi, estava bem vazio então fui sentado, ouvindo o podcast All Things Medieval. Primeira vez que eu o ouvia, achei bem interessante.

O ônibus começou a chegar perto do meu destino, mas notei que o caminho que ele fazia não era exatamente o que eu esperava. Me dei conta de que ele só entraria na rua onde eu queria descer bem longe do meu destino. Então desembarquei, e como ainda estava meio longe da faculdade e não queria deixar o grupo esperando muito tempo, tomei um táxi. A viagem curta custou 8 reais.

O problema seria, de lá, voltar para casa. Não tem ônibus direto de lá para o meu bairro, e se eu quisesse pegar um direto teria que andar um bocado. Maior preguiça, claro. E eu ainda tinha que passar na casa da minha tia, que era ali do lado, para resolver umas coisas com ela. Por sorte, minha mãe tinha que ir à casa da minha tia também e eu relutante aceitei a carona.

A moral da história é que eu percebi que é bem viável ir de ônibus pro trabalho, e muito menos trabalhoso do que eu pensava. Não é sempre que vou fazer isso, mas vou tentar pelo menos duas vezes por semana, que é quando eu não tenho nada para fazer depois do trabalho. Vou dizer: se tivesse ciclovia na Marginal, eu iria de bike. Admiro, mas acho meio suicidas os ciclistas costurando entre os carros.

Postei ouvindo Mood Indigo.