Sobre o pessimismo

Não sei se é por fazer cinema e estar sempre pensando em como melhorar, em termos de conflito, as histórias do mundo, ou se é porque sou pessimista por natureza. O fato é que toda vez que alguma coisa me deixa preocupado, começo a pensar que o resultado vai ser desastroso e isso só retroalimenta a minha preocupação.

Hoje aconteceu algo assim.



Durante o almoço, no refeitório da agência, fui avisado de que a agência do Bradesco aqui perto estava sendo assaltada. A notícia veio da Maria, nossa recepcionista, que estava lá e conseguiu ligar para avisar sem que os criminosos notassem, e pediu pra chamar a polícia (coragem!).

Pronto.

Minha mente começou a imaginar os cenários mais horríveis depois disso.

Se alguém assistiu a série fail The Nine sabe do que estou falando.

Dava pra ouvir os helicópteros da polícia sobrevoando o bairro. Comecei a pensar no cerco que a polícia faria ao redor do banco, na negociação, na troca de reféns, nos erros da operação (já são esperados da polícia brasileira).

Pior ainda, pensei em como os criminosos poderiam fugir de lá e, sei lá, vir pra cá para se esconderem. Aí o cerco se daria aqui, seríamos todos reféns, a polícia cometeria erros (como colocar uma menina de 15 anos pra negociar). Enfim.

A boa notícia é que a Maria está bem, só assustada. Os bandidos foram embora antes da polícia chegar. Não, eles não vieram para cá.

Ainda bem. Sexta-feira 13 sempre foi meu dia de sorte.