28 de agosto de 2009

Acho que hoje é um bom dia

Uma sucessão de coisas boas aconteceram hoje, e ainda são 10h. Não é que eu queira me gabar, foram coisas simples e tal, mas que me deixaram feliz e com uma esperança pra hoje e pro fim de semana.
1. Dormi bem, acordei tarde e um pouco atrasado, mas recebi um sms da minha chefe dizendo que ela ia atrasar também.
2. Fiz meu café da manhã e comi ouvindo o Reserva Eldorado, melhor seleção possível pra animar a manhã.
3. Tocou Bohemian Rhapsody, vim cantando no carro. É muito divertido cantar essa música. E sim, vergonhoso.
4. No caminho pro trabalho, dois carros bateram ao lado do meu. Veja bem, eles bateram um no outro, mas não em mim. Foi só um toquezinho, mas antes eles do que eu.
5. Peguei o Metro e logo que cheguei na agência a @cami_pires arrancou ele da minha mão pra ler o horóscopo. Nunca leio, mas decidi ler o meu, e olha só:
Sagitário
Você começa a sexta-feira com o pé direito com a boa influência da Lua e Júpiter. Faça seus planos para o fim de semana que vai iniciar, colocando uma boa dose de fé nas coisas boas que virão. Metas positivas atraem bons fluidos e só vai te favorecer.
Apesar do erro de concordância na última frase, fiquei animado com isso. Mas, desconfiado que sou, decidi ler o do meu ascendente só pra garantir.
Aquário
Você hoje recebe a boa influência de uma energia muito gregária, Lua e Júpiter que facilita o relacionamento e o entrosamento com todo tipo de pessoas sem dificuldade. Como tudo na vida é questão de saber aproveitar as situações, é importante abrir-se, sem medo.
Resta torcer para que o dia continue assim.
-- Edit: 11h40 - Ganhei ingressos numa promoção do MovieYou!
-- Edit: 15h39 - Esquece tudo que eu falei.
-- Edir: 10h06 do dia seguinte - Admito, não foi um dia bom como eu esperava e eu fiquei um pouco decepcionado com isso, mas também não há motivo pra pânico. Vamos ver como será o fim de semana.

25 de agosto de 2009

Toni's (in)finite filmlist - Parte 3

(Leia também a Parte 1 e a Parte 2)

Já sei. Vocês estavam pensando que a série sobre a minha lista de filmes não vistos era mais uma daquelas coisas que eu começo a fazer e não termino.

Enganei vocês.

Porque agora estou fazendo coaching e tenho metas pra minha vida, e cumpro elas. Aham.

Então, estes são os últimos filmes daquela lista que eu comecei a fazer em 2003 (certeza que não foi antes?) e.

#25 Segundas Intenções (Cruel Intentions, 1999. Dir. Roger Kumble): NÃO VISTO. Tentei ver este filme inúmeras vezes, a primeira delas em 2000, mas nunca consegui. Algo sempre me impedia, como a minha carona precisar ir embora, ou eu simplesmente perder o começo do filme porque dormi. E quando eu perco o começo do filme eu não quero ver o resto. Então nunca vi. Também não sinto falta, really. A única pessoa que eu conheço que acha esse filme bom é o @rogerpike, então...

#26 Aos Treze (Thirteen, 2003. Dir. Catherine Hardwicke): VISTO. Eu era fã da Evan Rachel Wood desde Once and Again. Aí ela fez esse filme sobre adolescentes desajustadas, uma versão mais light de Hell ou de 100 Escovadas Antes de Ir Para Cama. Ia ser legal vê-la como a adolescente não tão certinha de O&A (se bem que na última temporada ela degringolou, teve até um caso lésbico o.O). E foi legal mesmo, gostei do filme.

#27 Encantadora de Baleias (Whale Rider, 2002. Dir. Niki Caro): VISTO. Crianças overachievers sempre me fascinaram. Anna Paquin sou fã até hoje, aquela menina que aos 11 anos ganhou Oscar em O Piano (talvez o fato de eu ser fã dela tenha a ver com o fato de ser ela quem diz "let's deflower the kid" em Quase Famosos. Ou talvez sejam as duas coisas). A Keisha Castle-Hughes podia ter seguido o mesmo caminho, foi indicada ao Oscar por este filme e foi isso que me deixou curioso pra assistir. Mas sei lá, depois ela decidiu que brincar de Jamie-Lynn Spears era mais importante do que continuar sendo atriz. Cada um cada um, mas achei uma pena.

#28 O Declínio do Império American (Le Déclin de l'Empire Américain, 1986. Dir. Denys Arcand): VISTO. O incentivo pra ver esse filme veio da minha tia. Tinha acabado de sair a sequência, que é o filme #29, e ela não parava de falar nele. Então fui atrás. Claro que só tinha pra alugar na 2001. Gostei do filme, e gostei ainda mais porque me ajudou a treinar o francês que eu estava começando a aprender. O engraçado é que o filme é canadense, então o francês é de Quebec, mas eu entendi melhor do que o francês falado pelas canadenses que encontrei esses dias.

#29 Invasões Bárbaras (Les Invasions Barbares, 2003. Dir. Denys Arcand): NÃO VISTO. Pra vocês verem o grau de falta de comprometimento que tive com esta lista: assisti o primeiro filme da série só pra poder ver o segundo, mas não assisti o segundo. Enfim, ainda está pendente, quero ver faz tempo, um dia eu vejo, ou não, sei lá. Próximo, por favor.

#30 Cujo (1983. Dir. Lewis Teague): NÃO VISTO. Este entrou na lista só porque é um dos clássicos de terror, um dos clássicos de suspense trash, um dos clássicos dos filmes baseados em obras do Stephen King. Só por isso, mesmo. Juro. Um São Bernardo que contrai raiva e bota pra quebrar numa cidadezinha. Clássico.

#31 O Iluminado (The Shining, 1980. Dir. Stanley Kubrick): VISTO. Mas se tem algum que é clássico mesmo, entre os filmes baseados em obras do Stephen King, é este aqui. O Iluminado, marco na carreira do Kubrick, marco na carreira do Jack Nicholson. O Jack realmente dá medo neste filme, mesmo quando ele não está tentando. Aliás, o Jack Nicholson era um forte candidato a Heath Ledger, vai dizer. Ah, só pra constar, também demorei pra ver esse filme. Quase não dá tempo de contar que vi. Foi esse mês. Dia 9 de agosto. Eis a prova.

#32 A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness of Being, 1988. Dir. Philip Kaufman): NÃO VISTO. É um daqueles títulos clássicos de jogo de mímica, então *senti* que tinha que ver o tal do filme. Mas inventei que tinha que ler o livro antes de ver o filme. Comprei no Submarino, entregaram no dia seguinte e li em pouco tempo. Gostei, não mudou minha vida mas me fez pensar em muitas coisas, desenvolvi até uma teoria. Mas pergunta se eu vi o filme depois?

#33 Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal (Midnight in the Garden of Good and Evil, 1997. Dir. Clint Eastwood): NÃO VISTO. Outro filme com título clássico dos jogos de mímica. Vai tentar explicar esse título só com gestos. Vai levar um tempão, a não ser que você já esteja jogando mímica extreme como eu e meus amigos (um dia escrevo sobre isso).

#34 Sobre Meninos e Lobos (Mystic River, 2003. Dir. Clint Eastwood): VISTO. Existem 3 atores de Hollywood que eu não gosto. Não tem nenhum motivo específico, apenas não gosto, não vou com a cara, não acho bons. São eles: Sean Penn, Kevin Bacon e Tim Robbins. Então, por que de todos os filmes dessa lista, eu escolhi justamente este para assistir e não outro que me interessasse mais? Não sei. (Sei que por aí tem muita gente que gosta do Sean Penn, especialmente depois de I Am Sam e Milk. Então, me digam: ele só se sai bem em papéis afetados ou ele sabe fazer personagens normais também? E se vier me dizer "Ah, mas ele ganhou 2 Oscar, sabe onde vou sugerir que você armazene a estatueta, né?)

BTW, que título WTF.

#35 Ligações Perigosas (Dangerous Liaisons, 1988. Dir. Stephen Frears): NÃO VISTO. Dizem que o #25 é baseado neste. Não sei. Nem poderia saber, não vi nenhum dos dois. O que eu me lembro é que este era o nome de uma comunidade que criei no orkut pra um jogo que funcionava assim: pegue 2 atores e tente criar ligações entre eles, considerando outros atores com quem contracenaram. Por exemplo: Anna Paquin e Michelle Pfeiffer. Anna Paquin fez X-Men com Alan Cumming, que fez Aniversário de Casamento com Kevin Kline, que fez Sonho de Uma Noite de Verão com a Michelle Pfeiffer. Quanto menor o caminho, mais pontos. Se passar pelo filme Ligações Perigosas perde ponto, porque tem simplesmente muitos atores bons. E se passar pelo Kevin Bacon ganha ponto, porque todo mundo tá ligado a ele com no máximo 6 graus de separação, como vocês sabem.

#36 As Bicicletas de Belleville (Les Triplettes de Belleville, 2003. Dir. Sylvain Chomet): VISTO. Adoro animações (aliás mais ainda depois que tive aula disso na faculdade) e quando vi o trailer desta aqui achei a coisa mais linda. Perdeu o Oscar para Procurando Nemo, que é lindo, mas você já não está cansado de animações em computação gráfica? (Aliás, a Disney também, e o próximo vai ser desenhado à mão!)

#37 Trainspotting (1996. Dir. Danny Boyle): VISTO. Este é outro que eu vi há pouco tempo, embora não seja apenas uma questão de semanas como o #31. Aliás, se dependesse de mim acho que acabaria não vendo. Mas foi legal, lugar certo e hora certa. Vi na casa de um amigo em Aberdeen, Escócia, num domingo chuvoso depois de um dia bem cansativo. Tinha passado a semana anterior conhecendo Edimburgo, então foi bacana ver um lado da cidade que eu não conheci - aquele onde os turistas não vão, a não ser que estejam querendo comprar drogas.

Pronto, este é o fim da lista. Dá pra ver que fiz em 2003 - ao checar a lista do Oscar de 2004 vi vários filmes que citei aqui: Encontros e Desencontros, Sobre Meninos e Lobos, Cold Mountain, 21 Gramas, Encantadora de Baleias, Aos Treze, Invasões Bárbaras, Garota com Brinco de Pérola, As Bicicletas de Belleville e Big Fish.

19 de agosto de 2009

Educação musical

Eu sou uma criança da segunda metade da década de oitenta e cresci ouvindo Xuxa. Pronto, falei. Achei melhor começar logo dizendo isso pra tirar do meu sistema. Aliás, não só Xuxa, mas também Mara Maravilha, Angélica e outras apresentadoras/cantoras/etc. Uma geração anterior de crianças cresceu ouvindo Os Saltimbancos, do Chico Buarque. Uma geração seguinte tinha Palavra Cantada, Adriana Calcanhoto Partimpim. A minha foi uma geração perdida, que podia escolher entre as apresentadoras de TV e um ou outro grupo de crianças cantoras, como Trem da Alegria ou Balão Mágico.

O que eu quero dizer é que a minha educação musical teve grandes lacunas. Fui conhecer Beatles direito só na época da faculdade. O que se ouvia lá em casa era basicamente Roberto Carlos, por causa da minha mãe. Mas, embora eu tenha sido colocado pra fazer aula de piano quando criança, na verdade minha família nunca foi muito de música. Meu pai realmente não ligava, as únicas que ele realmente gostava eram Champagne e Saudade da Minha Terra. Na crise de meia idade ele começou a ouvir country. E hoje minha mãe chora quando ouve qualquer coisa, então né?

Nas viagens de carro – fazíamos muitas – era quase regra ouvir Carpenters. Disso eu gosto até hoje, porque é tão lindo quanto brega. Nat King Cole também tocava, mas com menos frequência.

Aí veio a escola, com a escola vieram as festinhas, e a dominação cultural e tudo mais, e o que se ouvia naquela época era música dance, então quando eu estava na quarta série comprei meu primeiro CD de música dance, que foi o Hit Parade. Um clássico.

1994 - Hit Parade - Front

Não lembra? Clica aqui que eu refresco sua memória. Só não encontrei duas faixas, What's Wrong With (Flavia Mollokay) e I'll Find A Way (Rachel Gold). -- Edit: Tiraram do ar o vídeo de Somebody Dance With Me (DJ Bobo). =/

Então a minha educação musical fui eu mesmo que fiz. Aliás ainda estou fazendo. Praticamente tudo que eu gosto hoje eu descobri sozinho, não teve ninguém que chegou pra mim e disse “filhão, isso aqui é Beatles, isso é Stones, isso é Radiohead, etc”. Foi sempre de ouvir no rádio, ou num filme, ou ler uma matéria, ouvir alguém comentar. E com isso ainda hoje tem muita coisa que eu conheço pouco. Enquanto tá todo mundo correndo atrás de bandas novas legais, eu tô correndo atrás das velhas.

O pior é pensar em todas as oportunidades que eu tive de ter contato com música boa quando estava crescendo e perdi.

Top 5 chances perdidas:

#1 Mais ou menos em 1992 ou 1993, o filho da comadre da minha mãe me deu um CD que tinha na capa um bebê nadando atrás de dinheiro. Agradeci com um sorriso amarelo; devo ter ouvido umas 3 vezes antes de doar pro Roger, em 1999 ou 2000, como se fosse um casaco velho na campanha do agasalho.

#2 Em 1994 fui ao aniversário de um colega meu da escola, num sítio em Itu. Não sei exatamente o porquê, já que eu não gostava nem um pouco dele. Mas enfim. Acho que eu pensei que ia mais gente, mas aparentemente eu não era o único que não gostava dele. Mas o verdadeiro problema era o melhor amigo dele, que era tipo meu nêmesis na escola. E ele ficou contando de uma banda que o irmão dele gostava, cujo vocalista tinha alucinações com índios e tinha morrido de overdose na banheira em Paris. Óbvio que não dei muita bola, o que minha mãe iria pensar se me visse ouvindo música desse cara?

#3 Uma vez meu avô me deu um livro com a biografia de Franz Schubert, e era uma versão infantil, cujo foco era principalmente a infância e a adolescência do compositor. Era legal, mas não me fez ouvir nada dele. Fui lembrar disso quando ouvi pela primeira vez a Fantasia para Violino e Piano em dó maior D.934.

#4 Quando em 2001 peguei emprestada a discografia do Iron Maiden com um amigo meu, pra ver se gostava daquilo, e desisti por me deixar com dor de cabeça. Pelo menos ele me apresentou pra Sonata Arctica também, que ainda ouço de vez em quando.

#5 Provavelmente o maior #fail de todos, as inúmeras discussões que tive com o Roger em que eu insistia que Pato Fu era mais legal que Oasis.

14 de agosto de 2009

Vozes

Coisa mais louca.

Cheguei ao trabalho agora, antes de todo mundo, e comecei a ouvir uma voz linda cantando. Não consegui identificar a música, mas sabia que entrava pela janela do meu lado direito, então fui procurar a origem. Eu tinha certeza que vinha daquela janela, mas quanto mais perto dela eu chegava, mais distante ficava a voz.

Abri a janela e coloquei a cabeça pra fora, na medida do possível porque é uma janela basculante. A voz, muito baixa, parecia sumir e voltar, não sei se por causa da direção do vento ou porque vozes estranhas são assim. Talvez fosse porque estava só na minha cabeça.

Essa história me lembrou um curta da faculdade. É tosco, mas é esse aqui. Não chega a ser NSFW, embora eu tenha uma certa vergonha dele.


Mas a música era meio sedutora, meio sereiana, meio feiticeira. Me lembrou esta aqui.

6 de agosto de 2009

Função fática

"Oi, tudo bem?"

"Mais ou menos. O trabalho tá foda, um monte de coisa rolando, não pára de aparecer mais trabalho e embora sejam coisas bacanas, é pesado. As coisas estão acumulando e eu tô vendo a hora em que vai tudo estourar na minha cara, o que deve acontecer mais cedo ou mais tarde. Tenho ficado até tarde todo dia e ainda assim não vence, tem uma pilha de documentos na minha mesa que parece que não acaba nunca.

5 de agosto de 2009

Toni's (in)finite filmlist - Parte 2

Dando continuidade à lista de filmes que eu planejava ver e, na maioria, não consegui, desta vez vocês verão que o caso é muito mais grave do que vocês pensavam. Esta lista é muito mais fail que a anterior. Vamos a ela.

(Para ver a primeira parte desta lista, clique aqui)