27 de julho de 2009

Meu reino por um punhado de catnip

Eu planejava nem ligar o computador hoje à noite, mas depois do que aconteceu não teve jeito.

Cena patética do ANO.

Estava no meu quarto, recostado na cama, contando pra minha mãe como foi meu dia de hoje (#GDIM). Eis que minha gata, vamos chamá-la por um nome carinhoso como Mrs. Norris (e isso não é uma referência a Harry Potter, mas ao Chuck Norris), deita-se fofa e confortavelmente sobre minha barriga. Digo fofa referindo-me à barriga, não à gata. Mas que ela estava uma gracinha, estava.

É importante dizer que ela estava um amorzinho, porque quem a conhece sabe que isso é incomum. Ela é uma gata traiçoeira, daquelas que gostam de ficar embaixo da cama com as patinhas pra fora tentando cortar seu tendão de aquiles com as unhas, ou que te lambem só pra amaciar antes de morder.

Então, vê-la assim num raro momento de fofura é um alento.


Durou pouco. Fui me levantar para tomar banho e a Mrs. Norris, a gata que é capaz de fazer de Cerberus um Oddie, saltou da minha barriga pra cama e me olhou com uma cara, mas com uma cara de ódio que eu nunca vi antes. Era uma cara que parecia dizer:

COMO VOCÊ OUSA SE LEVANTAR QUANDO EU ESTOU DORMINDO EM CIMA DE VOCÊ?!

Ela estava com o diabo nozóio. Juro. Olhei bem no fundo daqueles olhos negros e vi Lúcifer.
Você também não vê o inferno no fundo desses olhos?Você também não vê?


E o som que ela fez. Cara, ela arqueou o corpo e fez o som mais aterrorizante que eu já ouvi um gato fazer. Abriu a boca como se fosse um dilofossauro, soltou um HISS como se fosse um dilofossauro, só faltou me cuspir veneno na cara.

Eu me protegi com o travesseiro e ela pulou para o chão, em direção ao pé da minha mãe. Ela conseguiu desviar, e a gata esqueceu voltou sua atenção para mim. O problema era comigo. Eu que tinha causado tudo com a minha ousadia.

Eu fiquei na minha cama, me protegendo com o cobertor e o travesseiro e me esquivando de seus ataques, enquanto minha mãe ia buscar algo pra distraí-la. Voltou com uma lata de sardinha. A chupacabra deu uma cheirada na lata, bateu nela com a pata e voltou a me encarar.

Ficamos nos encarando durante uns 5 minutos. Ela não ia me deixar chegar vivo até o banheiro, então tive que tomar coragem para enfrentá-la. Vesti um casaco - para proteger os braços - e fui tentar pegá-la. Ela soltou mais um HISS e correu para a cozinha. Aproveitei a brecha para correr para o banheiro.

De lá, ouço minha mãe gritando: "Estou encurralada!"

Vou correndo ver o que está acontecendo e encontro a encarnação do demônio arqueada na porta da cozinha, olhando pra minha mãe com sangue nozóio. Perguntei pra minha mãe se tinha algum catnip na cozinha. Não, acabou no grande surto do Dia das Mães. Mas o grande surto do Dia das Mães (quando a criatura decidiu morder os pés de todos os convidados) foi fichinha perto do que aconteceu hoje.

Consegui distraí-la tempo o suficiente para minha mãe sair da cozinha e eu correr para o chuveiro. Saí agora, e parece que a filhote de coisa ruim acalmou. Mas não sei. Ela está embaixo da minha cama. Se eu não acordar, é porque ela me matou durante o sono.

6 comentários:

  1. hahahaahahhah, rindo pra caramba :)))) deviamos juntar a gata-do-demo com o buster-cão-do-inferno. ele bem que está pedindo por um destino trágico ;)

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  2. Por isso que prefiro cachorros!

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  3. Talita Régis7/28/2009 7:52 AM

    ri muito! já tive uma gata bem perigosa. ela botava medo em qualquer cachorro da minha rua

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  4. Hahahahahahahahahaha
    Morri de rir. Adoro gatos, principalmente os loucos. O meu já teve uns ataques desses.

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  5. hahaha verdade isso? meu deus! descobri seu blog sem querer.. e ó, ficar dando coisas gostosas pro gato qdo ele ta fazendo coisa errada ta erradoooooo (mas eu entendo o desespero =l )

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